Debate na Universidade dos Açores - Da Abstenção ao Voto Obrigatório

No próximo dia 29 de Junho, pelas 9h30, no Anfiteatro B da Universidade dos Açores, em Ponta Delgada, realizar-se-á uma sessão de debate subordinado ao tema: Votar - da abstenção ao voto obrigatório.

Esta é uma iniciativa do Movimento Pró-voto (www.movimento-pro-voto.blogspot.com), e contará com representantes dos partidos políticos com maior expressão, comentadores políticos, representantes da comunicação social e outras individualidades.


Descrição: Este movimento é apartidário e foi criado por um grupo de alunos da licenciatura em Estudos Europeus e Política Internacional, aquando das eleições europeias de 2009. Tendo em conta os números da abstenção no último acto eleitoral, parece-nos de enorme importância, enquanto jovens, cidadãos e estudantes da área, fomentar a discussão de forma a encontrar sentidos de resposta ou caminho para a resolução de um problema que afecta toda a sociedade.

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O Voto da Abstenção

A elevadíssima taxa de abstenção para as eleições europeias e o breve «faiscar» vencedor do PSD (que muitos confundiram com a acendalha que faltava para fazer surgir uma Fénix Renascida) trouxe à discussão a falta de participação dos cidadãos e as polémicas declarações do Presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, acerca da obrigatoriedade do voto. Ainda mais recentemente, quando interveio no IX Congresso da JS/Açores, apelidando de «estúpida» toda a situação da abstenção, surgiram umas vozes na Assembleia Legislativa Regional contra a hegemonia do Partido Socialista nos Açores, culpabilizando não só o partido como todos os governantes para o actual estado das coisas.

Pese embora já se antecipasse a atitude demagógica e altamente empolgada da parte de um partido que vê nos resultados de uma eleição europeia o errado espelho futurista da sua vitória nas próximas eleições autárquicas e legislativas, a verdade é que algumas dessas declarações são preocupantes e roçam, no meu entender, a politiquice estúpida – por apropriação do adjectivo.

A falta de participação dos cidadãos em actos eleitorais é um problema que se verifica em muitos outros países no mundo. A recente afluência às urnas nos EUA provou isso mesmo: quando se sente que o voto é deveras importante, a afluência é grande; caso contrário, as pessoas ficam em casa. A culpa não é somente dos partidos nem dos agentes políticos (embora muitos tenham culpa no cartório); e também não será inteiramente dos cidadãos. A culpa acaba por ser do próprio sistema democrático que permite a desresponsabilização do cidadão desta forma.

A democracia pressupõe o voto como expressão da vontade do povo. Algures, no tempo pós-25-de-Abril, alguns iluminados terão achado que a obrigatoriedade do voto era um atentado à liberdade individual do homem. O homem não pode ser obrigado a votar! – (imagine-se o balão de pensamento num cartoon à la Alegre) – Obrigar a votar é voltar ao Fascismo! Assim chegámos ao actual estado de coisas.

Criou-se a sensação errada de que qualquer um de nós se pode dar ao luxo de não votar e (quase de propósito) confundiu-se não votar com o voto em branco. O não votar é o descartar-se da participação na vida cívica; é uma declaração de não concordância com o próprio sistema democrático, não com quem está a escrutínio; é ser-se estúpido por se deixar que outros decidam por nós; não votar não é o mesmo que votar em branco. Quando não se vota, não se participa, não se opina, não se tem (de novo, na minha opinião) voto na matéria.

E é aqui que, em círculos de amigos e colegas de trabalho e familiares, também eu já fui acusado de ser um pouco «fascista» por querer obrigar as pessoas a votar. Também eu já defendi qualquer coisa como o voto obrigatório. E atenção, não quero dizer que o voto tenha que ser obrigatório com medidas de penalização. Penso, no entanto, ser urgente redefinirmos a forma de participação dos cidadãos.

Por que não hei-de eu votar em casa, através de uma ligação à Internet? Ou através do leitor de cartão de cidadão, que é pessoal e intransmissível? Por que tenho eu de me deslocar fisicamente a um sítio para votar? O mundo está em constante mudança e a partilha de informação e a participação das pessoas passa impreterivelmente pela Internet e pelas Novas Tecnologias. É necessário encontrar-se alternativas à tradicional urna no local de voto tão urgente quanto é desmistificar esta confusão conceptual de não votar = não concordar com quem está/não está no poder. Se um cidadão não concorda com nenhuma das propostas a escrutínio, o que terá de fazer é votar em branco. Mostrar a sua discordância. O não votar é não concordar com a própria democracia.

Sinceramente, custa-me muito aceitar a argumentação de que um homem é livre para não votar. Se é livre para não votar, é também livre para pegar nas suas coisas e mudar-se para um país que não seja democrático, ou para as montanhas, tornar-se um eremita e viver para sempre no seu ideal de participação individualista.

É que os cidadãos são obrigados a apresentar IRS, IVA, dar os dados para viajar, apresentar provas de presença, de ausência, obrigados a pagar taxas com as quais podem até não concordar, entre muitas outras obrigatoriedades, contra as quais não vejo os defensores da individualidade insurgirem-se. No entanto, quando se trata da possível obrigatoriedade do voto, até as pedras da calçada se sentem oprimidas.

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Erro Infesto 1 - 15 de Março























Amigos e amigas


desde o dia 15 de Março de 2009, o programa de rádio ERRO DE SISTEMA que eu, o Paulo Noval e o Pedro Pereira, mantemos na RDP-Açores passou a uma espécie de diálogo escrito nas páginas da revista do Diário Insular.

Embora este novo ERRO INFESTO não pretenda - de forma alguma - ser uma mera transposição para o papel dos temas que debatemos na rádio (até porque são formas diferentes de transmitir uma mensagem), tenho a consciência que o conceito base é o mesmo: três amigos, com visões do mundo diferentes entre si, debatem num espaço comum um determinado assunto iniciado por um deles.

Assim, vou deixando aqui no meu blogue as nossas reflexões publicadas no DI de Domingo.


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