De volta à casa adoptiva - portas do mar

28.03.2008

De regresso a Ponta Delgada, para a inauguração da nova sede do Partido Socialista, com pouco mais de três horas de sono e muito trabalho pela frente.

Chegar ao aeroporto, tomar o pequeno-almoço, conduzir em direcção à Universidade dos Açores e, como não podia deixar de ser, passar pela Avenida Marginal da cidade, junto ao mar, para contemplar esta maravilha de dia junto à marina.

No entanto... há que ficar pasmado. Decorrem ao mesmo tempo na marginal da cidade duas obras colossais: as Portas do Mar, da responsabilidade do Governo Regional, e o parque de estacionamento subterrâneo que a Berta Cabral idealizou para a maior cidade dos Açores. O que salta à vista é a desordem e a aparente confusão por ver duas obras megalómanas a serem efectuadas sensivelmente no mesmo espaço físico. A avenida está escavada para o fundo (cerca de seis a oito metros, mais metro menos metro) para a construção do parque, ao mesmo tempo que a superfície começa a crescer em direcção ao mar para as Portas da Cidade.
Criticadas por muitos, escusado será dizer que nesta sobreposição de empreitadas subjaz uma profunda picardia entre governo e autarquia que, de uma forma ou outra, acabará por beneficiar a cidade. De qualquer das formas, há que ter isto em mente: São Miguel é o pólo agregador de toda a evolução açoriana na sua mais voraz face capitalista e de betão.

A cidade torna-se irreconhecível, identificável apenas por pequenos marcos históricos. De resto, uma pequena Lisboa à escala regional.

Importa desenvolver novas mais valias no restante arquipélago para que o fosso entre Ponta Delgada e as restantes cidades dos Açores não seja equivalente à distância entre os Açores e o continente. Até porque as condições existem. Há que motivar e desenvolvê-las, apoiando e fomentando a novidade. Acima de tudo, a criatividade.

0 comentários:

  © Blogger templates The Professional Template by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP